Ainda estou com essa pergunta em aberto: de onde vem essa ideia de sermos uma mãe perfeita?
Esse ideal de perfeição na maternidade, seria a falta de humildade em nós? Afinal, é claro que ouvimos de outras mulheres, sejam nossas mães, avós, tias, a prima que foi mãe antes de nós, vizinha, colega de trabalho, enfim, muitas pessoas partilham suas experiências e principalmente os perrengues que passaram, mas nós nos mantemos imunes a tudo isso.
"Comigo será diferente..." É aquela voz vinda lá de dentro nos enchendo de certezas.
Será que tudo o que nos chega pelas revistas, agora internet, televisão ajuda a reforçar nosso imenso desejo de sermos perfeitas?
Ou a maternidade é uma forma de paixão? Sim nos apaixonamos pela maternidade! E é sabido que a paixão nos torna alheios ao mundo. Só importa o nosso mundo apaixonado!
Acho que querer ser perfeita, embora saibamos que perfeição não exista, não é de todo ruim - a gente tenta fazer o nosso melhor, se informa, se esforça, se prepara para a maternidade e vai aprendendo e se desenvolvendo junto com esse maternar.
Em blogagens anteriores falamos como os filhos nos ensinam a todo o momento. E aqui neste tema não é diferente - são eles, os filhos que nos ensinarão que essa perfeição não existe, e tê-la como ideal na maternidade, é desgastante para todos os envolvidos.
Eu tenho vários fragmentos na minha maternidade que ruíram todo meu ideal de perfeição. Vamos a eles?!
"Claro que meu filho não vai chupar chupeta." Item proibido na lista do chá de bebê ( que aliás só o primeiro filho teve ). Uma boa senhora me sugeriu "mas filha, compra pelo menos uma, é sempre bom ter, nunca se sabe, acalma o bebê. Não comprei.
Minha perfeição só não esperava por isso!
"Frutas e legumes, sim, claro sempre."
Ocorre que eu amamentei meu filho exclusivamente no peito por seis meses, nem gota de água entrou naquela boquinha e depois ele simplesmente não aceitava nenhum outro alimento, fosse suco, papinha ( eu comi todas que fiz ). Então com mais de um ano e só mamando no peito, comeu um salgadinho fandangos dado por alguém e adorou. Eu não tive dúvidas; coloquei salgadinho no prato junto com arroz e feijão e isso ele comeu. Durante muitos meses... E essa foi a única maneira do menino ingerir outro alimento que não leite de mãe. Claro que me senti a última das mulheres, a pior mãe do mundo. Quinze anos depois, o menino come de um tudo, só não come salgadinho fandangos. Vai entender!
"Filho meu só iria para a escola aos sete anos de idade."
Eu, na minha perfeição, ensinaria tudo nesse tempo - coordenação motora, letrinhas, traços, cores e tintas. Tudo no seio do lar.
Olhem só o tamanho da pirralha indo para a escola!
Tinha pouco mais de um ano, nem falava ainda, mas chorava tanto, tanto quando via o irmão indo para a escola que depois de uns três meses de choro intenso e duradouro e regular ( todos os dias ) eu pedi para fazer uma experiência: deixar a menina na escola só para ver.
Nunca mais saiu! Ela adorou a escola. Chorava porque queria fazer o mesmo que o irmão!
Então é a própria maternidade que nos mostra que não existe a mãe perfeita, que esse ideal, para quem insiste nele, só desgasta, exaure a nossa energia.
Estar aberto para as aventuras e desventuras da maternidade é algo incrível! A cada dia, a cada etapa, a cada fase do crescimento deles vamos nos remodelando ( para usar as massinha da Tê! ).
O amor é infinito. Erramos sim, temos que mudar a rota, mas tudo isso é simplesmente por amor!
Blogagem coletiva com comemoração de aniversário!
Parabéns Cris! Que alegria dividir com vocês nossa maternidade nada perfeita!
Obrigada Tê do blog Bolhinhas de Sabão para Maria e Cris do Prosa de Mãe por organizarem mais essa blogagem que nos aproxima, nos faz rir e também refletir.
* Devo dizer também que essas blogagens também tem o poder da organização - cada vez que vou revirar as fotografias, já pego um pano para espantar a poeira e organizar melhor as coisas!
Esse ideal de perfeição na maternidade, seria a falta de humildade em nós? Afinal, é claro que ouvimos de outras mulheres, sejam nossas mães, avós, tias, a prima que foi mãe antes de nós, vizinha, colega de trabalho, enfim, muitas pessoas partilham suas experiências e principalmente os perrengues que passaram, mas nós nos mantemos imunes a tudo isso.
"Comigo será diferente..." É aquela voz vinda lá de dentro nos enchendo de certezas.
Será que tudo o que nos chega pelas revistas, agora internet, televisão ajuda a reforçar nosso imenso desejo de sermos perfeitas?
Ou a maternidade é uma forma de paixão? Sim nos apaixonamos pela maternidade! E é sabido que a paixão nos torna alheios ao mundo. Só importa o nosso mundo apaixonado!
Acho que querer ser perfeita, embora saibamos que perfeição não exista, não é de todo ruim - a gente tenta fazer o nosso melhor, se informa, se esforça, se prepara para a maternidade e vai aprendendo e se desenvolvendo junto com esse maternar.
Em blogagens anteriores falamos como os filhos nos ensinam a todo o momento. E aqui neste tema não é diferente - são eles, os filhos que nos ensinarão que essa perfeição não existe, e tê-la como ideal na maternidade, é desgastante para todos os envolvidos.
Eu tenho vários fragmentos na minha maternidade que ruíram todo meu ideal de perfeição. Vamos a eles?!
"Claro que meu filho não vai chupar chupeta." Item proibido na lista do chá de bebê ( que aliás só o primeiro filho teve ). Uma boa senhora me sugeriu "mas filha, compra pelo menos uma, é sempre bom ter, nunca se sabe, acalma o bebê. Não comprei.
Minha perfeição só não esperava por isso!
"Frutas e legumes, sim, claro sempre."
Ocorre que eu amamentei meu filho exclusivamente no peito por seis meses, nem gota de água entrou naquela boquinha e depois ele simplesmente não aceitava nenhum outro alimento, fosse suco, papinha ( eu comi todas que fiz ). Então com mais de um ano e só mamando no peito, comeu um salgadinho fandangos dado por alguém e adorou. Eu não tive dúvidas; coloquei salgadinho no prato junto com arroz e feijão e isso ele comeu. Durante muitos meses... E essa foi a única maneira do menino ingerir outro alimento que não leite de mãe. Claro que me senti a última das mulheres, a pior mãe do mundo. Quinze anos depois, o menino come de um tudo, só não come salgadinho fandangos. Vai entender!
"Filho meu só iria para a escola aos sete anos de idade."
Eu, na minha perfeição, ensinaria tudo nesse tempo - coordenação motora, letrinhas, traços, cores e tintas. Tudo no seio do lar.
Olhem só o tamanho da pirralha indo para a escola!
Tinha pouco mais de um ano, nem falava ainda, mas chorava tanto, tanto quando via o irmão indo para a escola que depois de uns três meses de choro intenso e duradouro e regular ( todos os dias ) eu pedi para fazer uma experiência: deixar a menina na escola só para ver.
Nunca mais saiu! Ela adorou a escola. Chorava porque queria fazer o mesmo que o irmão!
Então é a própria maternidade que nos mostra que não existe a mãe perfeita, que esse ideal, para quem insiste nele, só desgasta, exaure a nossa energia.
Estar aberto para as aventuras e desventuras da maternidade é algo incrível! A cada dia, a cada etapa, a cada fase do crescimento deles vamos nos remodelando ( para usar as massinha da Tê! ).
O amor é infinito. Erramos sim, temos que mudar a rota, mas tudo isso é simplesmente por amor!
Blogagem coletiva com comemoração de aniversário!
Parabéns Cris! Que alegria dividir com vocês nossa maternidade nada perfeita!
Obrigada Tê do blog Bolhinhas de Sabão para Maria e Cris do Prosa de Mãe por organizarem mais essa blogagem que nos aproxima, nos faz rir e também refletir.
* Devo dizer também que essas blogagens também tem o poder da organização - cada vez que vou revirar as fotografias, já pego um pano para espantar a poeira e organizar melhor as coisas!
Que legal,Ana Paula! Exatamente isso... Tudo aquilo que falamos, achamos chato, feio nos outros, pagamos com os filhos ! Por que será? Lições que a vida nos dá!
ResponderExcluirAdorei ver as fotos, os dedinhos chupados e a Ju indo pra escolinha. Que coisinhas mais amadas! Pena crescem, que saudades que dá...
ADOREI! BEIJOS, DESDE JÁ FELIZ PÁSCOA PRA TODOS VOCÊS! CHICA
Oi Ana, eu vou com a Chica... que delícia ver essas coisinhas pequenas se descobrindo no mundo.
ResponderExcluirÉ amiga, não tem perfeição e te falo, a imperfeição chega mais aflorada na adolescência, pelo menos aqui tem sido assim..
Você ensina tudo que sempre ensinou, o mundo ensina outras coisas e mais atrativas.
O bico, dedinho na boca, escola cedo são coisas simples diante do que vem depois.
E agora eles com mais autonomia, passando por cima de toda nossa "maternidade perfeita"
E vamos assim como falamos, nos moldando e dançando conforme a música.
Olha, alegria é minha ver toda mês um post seu participando do nosso projeto de amor...
Muito obrigada, é sempre prazeroso vir aqui e ver as suas peripécias maternas.
Beijos
Tê e Maria ♥
seu link ja está la Ana.. Obrigada mais uma vez
ResponderExcluirAh Ana, obrigada pelo carinho.!
ResponderExcluirE seu relato... ah me senti acolhida... pq temos sim a mania de achar que tudo acontecerá ao nosso modo e talvez por isso "pagamos a língua" porque a maternidade nada tem perfeita e sim é muito mais real autentica do que imaginávamos.
Aqui tb impus alguns limites... assim como você e me frustrei kkkk mas, lá vamos nós e damos a volta por cima e mesmo provando ao vivo e a cores que nem tudo daí do nosso modo, seguimos adiante maternando e nos moldando ao dia a dia com os filhos.
Amei as fotos, escolhas lindas e autenticas com os relatos e que demais a blogagem te fazer organizar melhor as coisas por aí... amei saber.
Obrigada por participar conosco,
bjs, Cris
Olá Ana Paula!
ResponderExcluirGostei muito da sua participação, descontraída e bem humorada. Também lúcida e inteligente.
Ser mãe é assim, precisa ter disposição para amar, se doar e lidar com muitos e muitos eventos inesperados.
Beijo!
Renata e Laura
Oi Ana, feliz seus depoimentos sobre esta busca da perfeição e sabemos que é utopica mesmo, como bem exemplificou belamente e nem por isso deixou de ser feliz e manter
ResponderExcluiruma boa educação criação. Gosto de ver estes arquivos com belas lembranças. Creio,
que depoimento de pessoas como você, Chica seja um bom exemplo para as mais novas
mamães pelo mundo.
Tima sua participação em mais esta escolha das meninas Cris e Tê, que venho acompanhando a cada edição.
Uma Feliz Páscoa para vocês.
Beijo amiga
Tudo de bom para você e familia.
Ana, que amor vir aqui, que delícia de relato.
ResponderExcluirComo você foi certeira nas palavras e até nos exemplos, pois a vida é exatamente isso, aquilo que dizemos não ou julgamos, fatalmente dará um jeito de voltar para a nossa vida, porque ali tem algo para o nosso aprendizado.
Os filhos sempre trazem algo para a gente aprender, mudar, desvendar...
Tudo que a gente insiste, persiste, desgasta....
Aninha, simplesmente ameiiiii tudo, porque tem leveza, tem história e aprendizado em cada lembrança.... E as fotos então, que amor!!!!
Gratidão por vir aqui.
Beijos doces,
Ju
ANA PAULA, nossa ando tão devagar por aqui que não sabia dessa tua nova casa me perdoe, estou tentando mais uma vez voltar ao que eu era. Mas embora atrasada quero te parabenizar tudo lindo aqui, perfeito. Beijos
ResponderExcluir