Então é com muita alegria que participo desta festa e parabenizo a Rosélia, sempre tão presente em nossos blogs, sempre cuidadosa e inspirada nas suas postagens e que segue semeando a fraterna interação aqui na blogosfera!
"Às vezes, as pessoas têm a noção equivocada de que
a espiritualidade é um departamento separado
da vida, a cobertura da existência.
Mas, corretamente entendido,
é uma consciência vital que permeia
todos os reinos do nosso ser"
A frase acima é do monge beneditino Irmão David Steindl-Rast e eu a escolhi assim que a li porque ela descreve como eu vejo e sinto o meu lado espiritual nesse pós pandemia.
Achei muito pertinente a escolha do tema pela Rosélia pois tenho a sensação de que a pandemia está caindo no esquecimento e, para mim, tudo o que vivenciamos lá naquele tempo ainda tão próximo, é crucial para o nosso viver agora.
É fato que foi especialmente doloroso para muitos. Os que perderam seus familiares e amigos queridos, os que seguem com sequelas físicas da doença, o sofrimento emocional, as falências e dificuldades econômicas e claro, temos que seguir e para muitos é melhor nem lembrar o que foram aqueles tempos.
A pandemia nos ensinou muitas coisas e para não cair no esquecimento, temos que olhar, que recordar.
As janelas das telas: televisão e celular, era o que aliviava um pouco o isolamento e o medo.
Lembro de ir tomando conhecimento de ações, de atitudes que aconteciam na pandemia e era de uma beleza, de uma generosidade tão grande.
Os bilhetinhos deixados em elevadores "olha, se precisar de algo do mercado, ou da farmácia, chama aqui no 78, eu posso fazer as compras para você".
Também me lembro de cantores que saíam às suas janelas e varandas e ofereciam sua voz em melodias que acalantavam corações tão aflitos.
Acabou? Esses gestos tão bonitos, tão imbuídos de generosidade, conseguimos trazê-los para o pós pandemia?
Nossos templos religiosos ficaram fechados, porém as portas da internet foram um caminho que conectaram as pessoas na prática da sua fé.
Muitas lives, encontros pelo zoom, leituras, estudos, encontros religiosos em grupos virtuais que se adaptaram para manter unidas as pessoas e fé.
Tenho me empenhado nesse pós pandemia para não me perder da generosidade que foi tão exercitada em tempos de isolamento mas que precisa seguir.
Eu já pensei em generosidade somente enquanto doação de dinheiro, mas uma das coisas que a pandemia me ensinou que generosidade é também uma mensagem, um e-mail, uma conversa, um comentário deixado num blog.
Reconheço que está muito fácil se perder da espiritualidade agora que saímos da pandemia oficialmente. Parece existir uma urgência em se divertir, em curtir a vida, os inúmeros shows disponíveis. O mundo quer nos arrastar para isso, a economia precisa girar. Mas nos fortalecendo espiritualmente, podemos estar em meio ao mundo, podemos estar nos shows, viagens, mas com o olhar muito além, um olhar amplo que não perde a oportunidade de acolher, de oferecer um sorriso ou algumas palavras que possam fazer a diferença.
A pandemia escancarou a nossa fragilidade, no pós pandemia quero não desperdiçar o meu tempo. Foi tão difícil estar distante das pessoas, então a cada encontro quero sentir a presença e estar presente com vivacidade, com brilho nos olhos.
Um beijo
ana paula
O grande desafio da Espiritualidade é você continuar crente, sem sentir, sem ver, sem experimentar e ainda dando tudo errado."
ResponderExcluirEm primeiro lugar, quero agradecer sua linda participação na XIV Interação Fraterna pelos 14 anos do meu blog mãe.
Muita gentileza da sua parte num mundo tão egoísta onde cada um de nós só vê seu lado, muitas vezes.
Sua contribuição é valorosa:
Tem uma explanação tão forte aqui em suas palavras...
Fez um apanhado lindo e bem completo de várias ações Espirituais no período da Pandemia que parece mesmo ter caído no esquecimento.
Logo no pensamento inicial, encontrei substância. Nossa espiritualidade não deveria ser compartimentada. Sou uma coisa na igreja ou nas práticas religiosas e outra dentro de casa, por exemplo. Ou até comigo mesma não sou devidamente acolhedora de minhas próprias carências ou mazelas.
Se Deus fosse vingativo ou sarcástico estaria nos punindo ou rindo de nós.
Mas Ele não é, para sorte nossa.
"Acabou? Esses gestos tão bonitos, tão imbuídos de generosidade, conseguimos trazê-los para o pós pandemia?"
Parece que acabaram sim... Em princípio. As novas tragédias vigentes e as que virão vão necessitar de muito empenho espiritual...
"Generosidade é também uma mensagem, um e-mail, uma conversa, um comentário deixado num blog."
Aqui, eu me emocionei.
Quando queremos encantar o outro, nos esmeramos com palavras bonitas.
Se não, abandonamos, com resquícios de crueldade emocional, o que não nos serve mais.
Dói, e arranca um pedaço de nós. Estraçalha nossa alma em frangalhos a ponto de quase nos enlouquecer.
A exemplo do ponto que abordou aqui com suas palavras tão bem colocadas, está o pouco caso que fazemos dos nossos blogs criados com tanto carinho e que tantos laços formamos e abandonados ao léu foram após Pandemia.
É uma pena!
O coração sente falta, se entristece.
"A pandemia escancarou a nossa fragilidade, no pós pandemia quero não desperdiçar o meu tempo".
A vida é tão curta e, quando vemos, ela terminou.
Muitos de nós, como eu, estamos descendo a montanha. Não dá mais para subir ou voltar.
A Generosidade é um bordado lindo da Espiritualidade bem delineada em nós.
O Criador é extremamente Generoso conosco.
Conservemos na pós Pandemia.
Amiga Ana Paula, seja muito, mas MUITO feliz e abençoada!
Gratidão por tudo sempre
Que perseveremos no convívio virtual com Amor fraterno por língua anos!
Beijinhos com carinho de gratidão e estima
😘🕊️💙💐🙏
Bom dia Ana Paula,
ResponderExcluirParabéns por sua participação no aniversário do Espiritual Idade.
Fez uma retrospetiva completa do que foram os temps de pandemia. Generosidade, sua palavra chave e houve muitos gestos que nos animaram.
Vamos no agora pós pandemia continuar a pôr em prática tudo o que bom nos foi dado aprender naquele tempo ainda tão próximo.
Beijinhos,
Ailime
Obrigada, amiga.
Excluir😘🕊️💙💐🙏
Que lindo, do começo ao fim,Ana Paula!
ResponderExcluirO texto de monge beneditino fala muito bem...E fotram momentos lindos, se é que assim podemos dizer, aqueles em que de repente, vozes soavam pelas sacadas, saudando, batendo palmas aos médicos, enfermeiros...
Tantas pequenas e boas açoes nos encantarm naqueless dias tristes. Que não esqueçamos nunca aqueles momentos, mas para saber que a vida pode acabar de uma hora pra outra...Aproveitemos e temos que fazer mais e mais bem pra espalhar onde nos é permitido fazer., Digo isso, pois há quem além de nada mudar, nem se deu conta que podia algo pelos outros fazer, ao invés de pensar nos umbigos e estar nas redes fazendo fakes contra ciência e vacinas,etc...
Adorei te ler! beijos praianos, chica
Obrigada, amiga.
Excluir😘🕊️💙💐🙏
Fizestes uma belíssima homenagem/participação, querida Ana Paula.
ResponderExcluirGostei imensamente.
Deixo um carinhoso beijinho para você e Roselia
Verena.
Obrigada, amiga.
Excluir😘🕊️💙💐🙏
Linda participação com sentimentos e valores que comungo. Solidariedade vai muito além do dinheiro e, infelizmente, muito não têm consciência do quanto a gentileza eleva a nós e ao outro.
ResponderExcluirObrigada, amiga.
Excluir😘🕊️💙💐🙏
Oi Ana, você fez uma boa retrospectiva dos momentos contra o inimigo invisível. No ar um medo generalizado, as ruas vazias, escolas, igrejas e shoppings. As criticas aos comportamentos daqueles que não créditos à ciência e assim muitos se expuseram e tiveram o que não esperavam. Tive perdas familiares em Minas Gerais e amigos pelo Brasil, que não pude sequer esboçar uma visita. Orava pela saúde e minha família em Minas pela dificuldade de poder visitar, mas tive que amargar algumas mortes sem poder viajar, pelas restrições até nos velórios. Aprendemos e sofremos muito Ana entramos numa corrente crente de uma nova humanidade, um novo viver, um dito novo normal. Puro engano nosso, o mundo continuou como antes e as vezes parece até pior. Mas vamos exercitando nosso lado bom com base numa espiritualidade.
ResponderExcluirAbraços e feliz semana Ana.
Obrigada, amigo.
Excluir😘🕊️💙💐🙏
Respiro com entusiasmo tuas oportunas considerações, Ana Paula. Desde a declaração do monge à despedida desta carta aberta ao que de bom vivemos no período da pandemia. Todas as restrições são sabidas e jamais esquecidas, assim como o medo e a dor, mas também não podemos deixar que esqueçamos toda generosidade acontecida, todos os esforços de apoio e conforto entrelaçados virtualmente e que se estendem pessoalmente.
ResponderExcluirImporta, sim, que prossigamos praticando as boas atitudes nas relações pessoais tendo em mente que a vida acontece entre um suspiro e outro.
Adorei ler-te.
Bjsss e boa semana.
Carmen
Obrigada, amiga.
Excluir😘🕊️💙💐🙏
Sobreviver com discernimento na pandemia te deu o cerne central para continuar vivendo: fortalecer a espiritualidade em todas as ações e atitudes trazendo à tona uma mulher renovada e burilada na dor . parabéns!
ResponderExcluirObrigada, amiga.
Excluir😘🕊️💙💐🙏
Olá, Ana Paula
ResponderExcluirEncantei-me com o seu belo texto na participação da Festa dos 14 anos do Blog da Amiga
Rosélia, Espiritual-Idade. Tudo o que refere tocou-me profundamente. Ter presente aquilo
que sofremos e sublimar os factos, lançando um olhar piedoso e compassivo ao mundo
circundante, é preciso. A generosidade, a solidariedade e o amor devem envolver os nossos corações. Muitas das acções verificadas na pandemia que nos davam a ideia de que o ser humano estava em vias de se transformar e tornar-se mais solidário devem
acompanhar-nos e fazermos disso uma bandeira.
Gostei muito da sua visita ao "Xaile de Seda".
Beijinhos
Olinda
Obrigada, amiga.
Excluir😘🕊️💙💐🙏