Hoje, (quarta-feira-13/03) lembrei-me que se aproxima a data de uma blogagem coletiva, que aborda temas referentes à maternidade, a qual tenho participado com muito entusiasmo. Trocas, interações, pontos de vista diversos, isso tudo agrega, amplia horizontes.
Geralmente eu escrevo com a inspiração que me vem naquele momento de publicar a postagem. Desta vez, entretanto, foi diferente: pensei em algumas fotografias que queria trazer para o texto e aproveitando a tarde tranquila fui até os álbuns escolher e fazer a "foto da foto", afinal tenho muitas fotos analógicas!
Estruturei mentalmente minhas ideias e programei-me para escrevê-las no final de semana, já que a filha precisaria usar o computador.
A escrita traz consigo uma espécie de mistério, de encantamento com nossas vivências e memórias.
E assim, no comecinho da noite, uma memória despertou em mim; enevoada, com pouquíssima clareza. Um livro. Um poema. Um gostar intenso.
Banhei-me por primeiro e passei colônia de bebê. Esse cheirinho me traz conforto e tranquilidade e eu queria estar confortável para buscar o que a memória despertava.
Foi fácil encontrar o livro, apesar de muitos anos sem sequer lembrar de sua existência. É um livro bem pequeno no tamanho, no número reduzido de páginas. Ali dentro, um poema, apenas um poema.
Eu fui profundamente tocada quando o li há uns dez anos. Não me recordo de nenhuma palavra que o poeta Tagore colocou ali. Apenas sentia, sabia ter ficado estupefata diante daqueles versos.
Abro-o, com a delicadeza de uma fragrância de bebê, e então uma fotografia salta das páginas do livro para o meu colo.
Demoro o olhar naquele "click" de onze anos atrás e só então vou ao poema.
A névoa em minhas recordações não deixa saber porque coloquei aquela foto dentro do livro, o que eu pretendia.
Mas, que importa isso?
Sinto o mesmo deslumbramento no coração. O poema é de uma beleza de aquecer o coração. Eu o vejo assim, eu sinto dessa forma, assim como é bela a fotografia - nuances tristes, porque assim é a vida com seus desafios, dores, tristezas e uma grande e maior parte, tecida de alegrias.
Geralmente eu escrevo com a inspiração que me vem naquele momento de publicar a postagem. Desta vez, entretanto, foi diferente: pensei em algumas fotografias que queria trazer para o texto e aproveitando a tarde tranquila fui até os álbuns escolher e fazer a "foto da foto", afinal tenho muitas fotos analógicas!
Estruturei mentalmente minhas ideias e programei-me para escrevê-las no final de semana, já que a filha precisaria usar o computador.
A escrita traz consigo uma espécie de mistério, de encantamento com nossas vivências e memórias.
E assim, no comecinho da noite, uma memória despertou em mim; enevoada, com pouquíssima clareza. Um livro. Um poema. Um gostar intenso.
Banhei-me por primeiro e passei colônia de bebê. Esse cheirinho me traz conforto e tranquilidade e eu queria estar confortável para buscar o que a memória despertava.
Foi fácil encontrar o livro, apesar de muitos anos sem sequer lembrar de sua existência. É um livro bem pequeno no tamanho, no número reduzido de páginas. Ali dentro, um poema, apenas um poema.
Eu fui profundamente tocada quando o li há uns dez anos. Não me recordo de nenhuma palavra que o poeta Tagore colocou ali. Apenas sentia, sabia ter ficado estupefata diante daqueles versos.
Abro-o, com a delicadeza de uma fragrância de bebê, e então uma fotografia salta das páginas do livro para o meu colo.
Demoro o olhar naquele "click" de onze anos atrás e só então vou ao poema.
A névoa em minhas recordações não deixa saber porque coloquei aquela foto dentro do livro, o que eu pretendia.
Mas, que importa isso?
Sinto o mesmo deslumbramento no coração. O poema é de uma beleza de aquecer o coração. Eu o vejo assim, eu sinto dessa forma, assim como é bela a fotografia - nuances tristes, porque assim é a vida com seus desafios, dores, tristezas e uma grande e maior parte, tecida de alegrias.
Uma canção para meu filho
Esta canção te envolverá com sua música
filho meu
como um cálido abraço de amor
Minha canção roçará tua fronte
como o beijo com que te abençôo.
Quando te doa a solidão,
esta minha canção estará a teu lado,
sussurando-te ao ouvido;
quando a multidão te rodeie,
proteger-te-á sem te sufocar
Minha canção dará asas a teus sonhos
e conduzirá teu coração
até a fronteira do mistério.
Quando a noite escurecer o teu caminho,
guiar-te-á como a estrela mais confiável.
Minha canção brilhará em teus olhos
e te ajudará a ver a essência de tudo.
E quando a morte silenciar minha voz,
minha canção te falará, filho meu,
desde as profundezas de teu coração.
Tagore
Impactada aqui com a beleza de tuas palavras, teus sentimentos e emoções sempre afloradas. Que amor essa foto e a poesia maravilhosa de Tagore .
ResponderExcluirNada melhor pra ler e acalmar nossa mente diante de tanto acontecendo...Ah, deu pra sentir daqui o cheirinho de nenê dessa fragrância que poeticamente trouxeste em gotinhas...ADOREI! beijos, lindo fds! chica
Ana! Fiquei chateada, porque tenho certeza que comentei nesse poema e agora que você me sugeriu, vim aqui ver e cadê meu comentario... Sinistro rs
ResponderExcluirNo comentário, ou talvez na vontade de escrevê-lo e não tenha feito rs , me lembrei e citei a canção do Toquinho e que provavelmente você conhece: O filho que eu quero ter.
Uma canção muito linda, mas muito , muito triste. Vou deixar um pedacinho em que me lembrei pra você apreciar.
Ana, o cheirinho de bebê, é o cheiro de mãe. Aquele cheiro de plenitude que não se explica... Fechei até meus olhos pra dizer isso. Acho que hoje estou sensível, não sei. Já com lágrimas nos olhos de novo rs
Lindo texto... Recordar, muitas vezes é doído, mas nos faz viver!
Um pedacinho triste e lindo da música de Toquinho:
Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
"Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer ter"
Beijos
Tê e Maria ♥
Ana, simplemente tocante na alma....
ResponderExcluirA maternidade faz isso com a gente, um mergulhar mais profundo nos sentimentos, no amor, na dor, nos aprendizados da vida!!!
Como tenho de título no blog e na alma: "A maternidade é uma poesia que me inspira a cada dia"!
A maternidade é isso, inspiração para a nossa melhor versão, e sempre ficam as melhores recordações...
Lindo de viver o texto, a poesia, e a foto então, uma fofura sem tamanho...
Beijos
Ju
Um poema e tanto amiga, uma obra prima sua partilha.
ResponderExcluirEmociona e inspira mesmo sentir tão grande amor.
Valeu!
Grato amiga.