Pular para o conteúdo principal

Iogurte

Será que você já aprecia o Instagram da amiga Tê onde ela gentilmente nos mostra o aconchego do seu lar e suas caseirices, como ela mesma gosta de chamar?!
Ela Vê Poesia é um aconchego só! E foi inspirada numa das publicações ( todas as fotos são de encher os olhos ) de iogurte caseiro, que eu me inspirei para contar uma história.

Enquanto meu iogurte fica fazendo o seu trabalho ali quietinho, no sol, que pouco está esquentando por esses dias, eu revisitei uma gostosa memória!




Aprendi a gostar e fazer iogurte na minha juventude, quando um amigo, ao hospedar-se em casa, pediu para usar a cozinha e, da noite para o dia, apresentou-nós um pote de iogurte.

Eu que era do potinho do iogurte de morango, olhei meio ressabiada para aquele iogurte branco.
Porém nosso amigo comia com tanto gosto aquilo que me arrisquei naquele novo paladar - branco, puro e azedo.

E não é que gostei?!

Produzi uns bons, outros que mesmo não dando tão certo, eram consumidos mesmo assim.

Grávida do Bernardo, tive desejos de gravidez. Desses que são quase incontroláveis, surgem com força total.
Desejo do quê? De iogurte branco, puro e azedo!

Como o tempo era escasso e o cansaço muito, acordava às quatro da manhã e retornava às nove da noite, nessa fase de desejo, comia o de mercado. Vale dizer que não era um desejo que sumia, pelo contrário, durou os nove meses!

O desejo virou hábito depois que Bernardo nasceu.
E dedicada exclusivamente à maternidade voltei a fazer nosso próprio iogurte.

Numa manhã, com a visita de uma tia querida, eu preparava uma receita e havia separado uma xícara de café de iogurte. De repente, quando nós duas olhamos, o bebê segurava a xícara com as mãozinhas e estava tomando o iogurte!



A tia não acreditava e exclamava: mas ele parece que está gostando e é azedo!

Eu tinha uma câmera fotográfica, ainda com filme, sempre por perto. Corri para registrar o momento.

Ainda incrédula, a tia, no meio da tarde sugeriu oferecer mais um pouquinho de iogurte, " só pra gente ver se ele gostou mesmo, né?!

Ela então concluiu: " É, você tomou tanto iogurte na gravidez, que acho que passou esse gosto pro menino!"

Bernardo não dorme se não tomar seu iogurte!
Nós brincamos com ele assim: já tomou seu iogurtinho da noite?!

Morando sozinho, ele compra no mercado. Nesses dias por aqui, eu andava preguiçosa para fazer iogurte, foi só ver as fotos da Tê que eu me animei e tenho feito muito iogurte!

E a preferência continua sendo - branco, puro e azedo! Já experimentou? É realmente uma delícia!

Comentários

  1. Adoro o blog e o Insta da Tê e da Maria... Tem coisinhas lindas por lá. estilo caseiro, de mãe, de família, como gostamos! E quanto ao iogurte, muitos anos o fiz e adorávamos. =Cheguei a fazer de brincadeira as tampinhas e lá escrevia Chic´s Yogurts, rsss...Muito bom e outro sabor! Adorei ver o bonequinho grudado0 na caneca de iogurte... Lindo post! bjs pra todos e pra Te! chica

    ResponderExcluir
  2. Aí Meu Deus, que poesia esse texto.. Já fiquei com o coração inflado de ver citado o Ela Vê Poesia tão docemente.. Que alegria saber que você gosta de lá.. É tudo preparado e escrito com muito carinho..
    Obrigada Ana. Feliz em saber que te inspirei e você animou a fazer esse delicioso, branco, puro e azedo iogurte.. Que delicia!!!! Tive que rir do Bernardo. Só pela carinha deu pra ver a ânsia de degustar o iogurte.. Que delicia é neném..
    Provavelmente passou pra ele essa vontade rs.. Eu acho que assim acontece. Maria foram os doces e a pimenta rs..
    Que amor de lembrança Ana. E que legal Bernardo ter conservado esse gosto pelo melhor iogurte, branco, puro e azedo!!!!

    Obrigada

    Beijos Tê e Maria 🖤

    ResponderExcluir
  3. Interessante a viagem que um objeto nos proporciona Ana.
    Lembro da febre de fabricar iogurte natural. Mas esta do guri
    nesta idade agarrar a xicara é o máximo mesmo e bom que
    pode registrar este historico momento do Bernardo.
    Um bom domingo para vocês.
    Carinhoso abraço amiga.

    ResponderExcluir
  4. Ana, excelente ideia sempre ter a máquina fotográfica perto, valeu demais o registro.
    Os olhinhos do Bernardo parecem dizer: que delícia, conheço esse tipo de delícia! rs
    Parece estar se identificando...rs
    A Tê sempre inspira a gente, com suas caseirices...
    Seja com o café, as flores, o iogurte, e tudo mais feito com amor!
    Maravilhosa inspiração, e eu estou para experimentar essa delícia, ou melhor dizendo, tentar fazer, porque nunca fiz... Aqui em casa, tem muitas coisas que acabo não fazendo, por não ter o paladar da família, mas um dia desejo fazer também...
    Amei o post!
    Beijinhos
    Ju

    ResponderExcluir
  5. Olá,,

    Há alguns dias, visitando um blog. da Chica vi um comentário seu e o nome, "travesseiro de paina", me chamou atenção e resolvi entrar para conhecer..
    A maneira de escrever me lembrou alguém, quando vi as fotos e nome dos filhos, percebi, surpresa, ser da mesma pessoa.
    Digo surpresa, pois não conhecia esse seu espaço. Ao menos não me recordo de já ter passado por aqui.

    Voltando ao assunto do post, eu adoro iogurte natural e caseiro, sempre faço e comprei te uma iogurteira pra isso. Gosto dele com mel.

    Um abraço,

    Sônia

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Meu menino, 21 anos!

  26 de janeiro de 2024. Celebramos hoje 21 anos da vida do Bê! Que felicidade, que alegria imensa poder celebrar a tua vida meu filho querido! Cuidar da tua vida tão preciosa foi um presente para mim e eu o fiz com amor e dedicação. Falhei, fiquei aquém muitas e muitas vezes; saiba porém que procurei oferecer o meu melhor. Certa vez li algo assim: "não menospreze os clichês, as verdades tão repetidas que chegamos a achar bobagens". Criar filhos para o mundo é um desses clichês, que a gente fala principalmente quando  nossos filhos são pequenos, e agora é realidade! As asas estão prontas para ganhar e receber o melhor do mundo! O ninho de nossos corações sempre estarão aqui para te acolher.  Te amamos filhos 💙

A simplicidade do perdão na maternidade

"Anthony Ray Hinton passou trinta anos no corredor da morte por um crime que não cometeu. Ele estava trabalhando em uma fábrica trancada na hora do crime do qual foi acusado. Ao ser preso no estado do Alabama, foi informado pelos policiais que ia para a cadeia porque era negro. Ele passou trinta anos em uma cela minúscula, e só podia sair uma hora por dia. Durante o tempo que passou no corredor da morte, Hinton se tornou conselheiro e amigo não apenas dos outros prisioneiros, 54 dos quais foram mortos, mas do guardas também, muitos dos quais imploraram que o advogado de Hinton o tirasse de lá. Quando uma decisão unânime da Suprema Corte ordenou sua soltura, ele finalmente estava livre para sair.  “Uma pessoa não sabe o valor da liberdade até que ela lhe seja tirada”, disse-me ele. “As pessoas correm para fugir da chuva. Eu corro para a chuva. Como poderia uma coisa que vem do céu não ser preciosa? Tendo sido privado da chuva por tantos anos, sou grato por cada gota. Apen...

Florescer em meio às adversidades

Eu devia estar deixando a adolescência e iniciando a minha juventude quando descobri/aprendi que a palavra crise, no ideograma chinês, trazia consigo o significado de oportunidade. Toda crise então, carregava em si uma oportunidade, talvez ainda não revelada. Por um certo tempo, aquilo me serviu. Um emprego em que eu não era chamada, ou quando era demitida, lá estava a oportunidade de algo maior. O mesmo para algum "paquera" que não dava em nada, certamente haveria uma outra, uma melhor oportunidade me aguardando lá na frente. A palavra crise dos chineses não me serviu quando a crise era muito mais que uma crise. Um luto, uma traição... nestes casos era difícil enxergar uma oportunidade lá na frente. Perder um pai, uma mãe, um filho. Que oportunidade haveria nisso? Senti que era raso aquilo que por um tempo havia me servido. Cresci sendo ensinada a ser uma boa pessoa; rezar; bater três vezes na madeira para não atrair coisa ruim; pular ondas; vestir a cor certa para um...