"O Brasil é o país mais ansioso do mundo" - leio a matéria na revista que acabo de comprar.
Num outro dia, ao passar a pé por uma banca de revistas, lá estava um exemplar pendurado - "A epidemia de ansiedade".
Pouco antes de me sentar aqui para escrever, eu estava ouvindo um podcast onde a jornalista falava sobre o lançamento de um livro e disse em seguida "eu estou ansiosa por este livro" e logo depois, ela se desculpou. Não poderia ela estar ansiosa dentro de um podcast que fala sobre calma.
Estamos confusos e amedrontados. Parece que não há saída, ou você é ou será um ansioso.
E nesse balaio todo, corremos sim o risco de deixar de sentir borboletas no estômago.
"Quando você fala para uma criança: olha, daqui a pouquinho a gente vai brincar no parquinho. Daqui a pouquinho vai ter algo bom! O que acontece é que a mente dela já antecipa o que vai acontecer, mas se aquilo que é antecipado tem uma vibração boa e ela não te arranca do presente, ela só dá umas pitadas de algo cheio de luz, como se ela temperasse seu presente de uma forma positiva, a gente pode deixar um pouquinho de ansiedade sim!" *
Outro trecho que recortei de uma leitura:
"Numa curva da BR - 101, segurei firme o volante. Notei meus dedos cobertos de pó amarelo. Com urgência, lambi um a um eliminando as salgadas evidências de um segredo meu: quando viajo, me abasteço com guloseimas de lojas do posto. Tipo salgadinhos de queijo com cheiro de chulé. Criancice, eu sei. É que me fascina a liberdade de expressão e as emoções honestas da criança viajante." **
Ouvi, enquanto esperava numa fila de mercado, uma mãe dizer que o filho ficava ansioso pelo dia do brinquedo e por conta disso ela marcou um médico para ele.
Claro, eu não conheço a criança, a família, mas se for somente uma ansiedade, uma expectativa por algo agradável, seria patológico isto?
Esse frio na barriga, as borboletas no estômago que nós já sentimos na nossa própria infância, com nossos filhos, lembram do primeiro passeio com a escola, a primeira noite a dormir fora de casa?!
A infância em todas as suas formas - criança, desenho, pé no chão, adulto, velho que mantém o coração de criança pulsando em si, tem esse frio na barriga, essas borboletas no estômago que nos fazem tão bem!
O mundo adulto pode ser áspero por vezes; pode mesmo ser patológico e precisar de cuidados específicos, o que não podemos é adoecer o que há de bonito e leve em nós!
*Podcast Jornada da Calma, Satyanatha
**Juliana Reis, revista Vida Simples n˚216
Num outro dia, ao passar a pé por uma banca de revistas, lá estava um exemplar pendurado - "A epidemia de ansiedade".
Pouco antes de me sentar aqui para escrever, eu estava ouvindo um podcast onde a jornalista falava sobre o lançamento de um livro e disse em seguida "eu estou ansiosa por este livro" e logo depois, ela se desculpou. Não poderia ela estar ansiosa dentro de um podcast que fala sobre calma.
Estamos confusos e amedrontados. Parece que não há saída, ou você é ou será um ansioso.
E nesse balaio todo, corremos sim o risco de deixar de sentir borboletas no estômago.
"Quando você fala para uma criança: olha, daqui a pouquinho a gente vai brincar no parquinho. Daqui a pouquinho vai ter algo bom! O que acontece é que a mente dela já antecipa o que vai acontecer, mas se aquilo que é antecipado tem uma vibração boa e ela não te arranca do presente, ela só dá umas pitadas de algo cheio de luz, como se ela temperasse seu presente de uma forma positiva, a gente pode deixar um pouquinho de ansiedade sim!" *
Outro trecho que recortei de uma leitura:
"Numa curva da BR - 101, segurei firme o volante. Notei meus dedos cobertos de pó amarelo. Com urgência, lambi um a um eliminando as salgadas evidências de um segredo meu: quando viajo, me abasteço com guloseimas de lojas do posto. Tipo salgadinhos de queijo com cheiro de chulé. Criancice, eu sei. É que me fascina a liberdade de expressão e as emoções honestas da criança viajante." **
Ouvi, enquanto esperava numa fila de mercado, uma mãe dizer que o filho ficava ansioso pelo dia do brinquedo e por conta disso ela marcou um médico para ele.
Claro, eu não conheço a criança, a família, mas se for somente uma ansiedade, uma expectativa por algo agradável, seria patológico isto?
Esse frio na barriga, as borboletas no estômago que nós já sentimos na nossa própria infância, com nossos filhos, lembram do primeiro passeio com a escola, a primeira noite a dormir fora de casa?!
A infância em todas as suas formas - criança, desenho, pé no chão, adulto, velho que mantém o coração de criança pulsando em si, tem esse frio na barriga, essas borboletas no estômago que nos fazem tão bem!
O mundo adulto pode ser áspero por vezes; pode mesmo ser patológico e precisar de cuidados específicos, o que não podemos é adoecer o que há de bonito e leve em nós!
*Podcast Jornada da Calma, Satyanatha
**Juliana Reis, revista Vida Simples n˚216
A ansiedade é mesmo presente e bem presente nas nossas vidas. Eu tento me cuidar, mas sou! E querendo ou não, passamos às crianças... Aqui Neno, fica ansioso com testes ,provas escolares, Marina, ansiosa com passeios legais, idas a circos e sua festinha de niver,rs...Aliás, hoje teremos a festinha dela aqui. Foi no domingo e hoje é aqui., Está bem ansiosa. Mas,,,melhor se não existisse tal palavrinha...Mais tarde, carreta problemas. Gostei de te ler e das fotos! bjs, chica
ResponderExcluirBoa tarde, Ana Paula!
ResponderExcluirAnsiedade não passa de largo por ninguém. Só não pode fazer adoecer, quando fazemos, por exemplo, um mundo de átomo..
Somos águas profundas e podemos realizar excelente trabalho de maturidade e equilíbrio com foco no bem. Sem neuras.
Beijo!
Renata e Laura
Oi Ana, que lindas imagens! Adoro os detalhes que me lembram infância.
ResponderExcluirA ansiedade toma conta da garotada e da gente tb. Mas os adultos tornam tudo mais patológico, ja as crianças tem as tais "Borboletas no Estômago." Temos que aprender com elas. Mesmo porque, se a ansiedade for chamada de Borboletas no Estômago, talvez fique mais leve e até menos patológico não é mesmo? Já que tem um quê de romantismo nisso, de poesia.
Me lembrei do Pequeno Príncipe com sua raposa, que pede para que o Princepezinho venha as 4 horas todos os dias, pois se ele vem na hora certa, desde as 3 começaria a ser feliz... ou seja, as Borboletas no Estômago chegariam uma hora antes... :)
Obrigada pela partilha!
Beijos no coração
Tê e Maria ♥
Oi Aninha, boa tarde.
ResponderExcluirA palavra sendo bem empregada, sem atrapalhar o curso da vida, com certeza faz parte da vida de todos... É como vc bem disse, são as borboletas no estomago...rs
Uma ansiedade saudável, por uma deliciosa espera, e bem acompanhada pelas pessoas ao redor, creio que faz parte...
Amei as fotos...
Beijinhos doces,
Ju